domingo, 27 de março de 2011

Galiza



Galiza (no Brasil também se utiliza Galícia), situada a noroeste de Espanha e tem uma costa rochosa espetacular que proporciona um habitat único para os mariscos e o peixe. É uma região constituida em comunidade autónoma espanhola situada no noroeste da Península Ibérica. Tem o estatuto de nacionalidade histórica.
É formada pelas províncias da Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. Geograficamente, limita-se ao norte com o mar Cantábrico, ao sul com Portugal (Minho eTrás-os-Montes), a oeste com o oceano Atlântico e a leste com o Principado das Astúrias e Castela e Leão (províncias de Zamora e de Leão).
À Galiza pertencem o arquipélago das ilhas Cíes, o arquipélago de Ons, e o arquipélago de Sálvora, assim como outras ilhas como Cortegada, Arousa, as Sisargas, ou as Malveiras.
Galiza possui cerca de 2,78 milhões de habitantes (2008), com uma densidade demográfica maior na faixa entre A Corunha e Vigo. Santiago de Compostela é a capital da Galiza com um estatuto especial, dentro da província da Corunha.
O hino da Galiza, Os Pinos, elaborado por Eduardo Pondal, se refere à Galiza como a nação de Breogán, herói celta.

Gastronomia



A Galiza é uma referência universal da boa comida. A cozinha é há séculos como uma das grandes atrações da Galiza. Em todos os cantos da província, na costa ou nas montanhas, em uma cidade ribeirinha que é, os viajantes que vão encontrar uma mesa servida comida soberba. Esta merecida reputação se baseia em três pilares: a matéria-prima de excelente qualidade, uma culinária know-how, transmitida de geração em geração e uma gama muito extensa de pousada simples.

Alguns pratos típicos da Galiza
    . Marisco: Pulpo uma feira ", vieiras, mariscos, lagosta, mexilhões ...
    . Carnes: carne (carne galego) e carne de porco
    . Pastéis: o pudim Roman, crepes galego, bolo de Santiago ...


Também vale a pena provar as fantásticas percebas e as ostras. Para preparar o Polvo à Galega (Pulpo a la gallega) é necessário golpear primeiro o polvo e cozê-lo para que amoleça, cortá-lo e juntar-lhe sal, azeite e colorau. Serve-se com cachelos, as batatas galegas. 
Lacón con grelos, o lacón (que é similar ao presunto mas não é fumado) é guisado lentamente com os grelos. Empada galega (Empanada gallega) é empada com carne, pimento e tomates. Para agüentar o frio duro do Inverno nas montanhas de León e a humidade da Galiza há guisados que aquecem o corpo como o pote galego (pote gallego) com chouriço, morcela, hortaliças, favas brancas e coração de couve. No final da comida, depois do vinho, bebe-se aguardente, que é um licor forte que se obtém destilando a pele das uvas. Às vezes este licor prepara-se numa caçarola de cerâmica, mistura-se com açúcar e acende-se fogo para queimar o álcool; é típica da Galiza e chama-se Queimada.

Cultura


  • Cultura megalítica

A primeira grande cultura claramente identificada, se caracterizava por sua capacidade construtora e arquitetônica, junto com seu sentido religioso, fundamentado no culto aos mortos como mediadores entre o homem e os deuses.
Diz-se que a sociedade estava organizada num tipo de estrutura de clãs. Da época do megalítico depõe milhares de túmulos estendidos por todo o território, em seu interior estes túmulos escondiam una câmara funerária de dimensões maiores ou menores, edificada com brames de pedra, conhecidas como dólmen.

  • Cultura céltica castreja

Período de tempo da chegada dos celtas e assentamento, bem como fortificação nos seus castros. O primeiro povo celta que invade Galiza é o dos Saefes, no século XI a.C. Submeterá ao Oestrymnio, mas este influirá no primeiro sobretudo no terreno da religião, da organização política e das relações marítimas com Bretanha e Inglaterra. O seu carácter eminentemente guerreiro fez que Estrabão dissera deles que eram os mais difíceis de vencer de toda a Lusitânia. É preciso dizer que a província romana da Gallaecia própria dos galaicos ainda não estava constituída política e administrativamente. Floresceu na segunda metade da Idade de Ferro, resultado da fusão da cultura da Idade de Bronze e outros contributos posteriores, coexistindo em parte com a época romana. Os celtas trouxeram novas variedades de gado, o cavalo domesticado e provavelmente o centeio.
Os castros são recintos fortificados de forma circular, providos de um ou vários muros concêntricos, precedidos geralmente do seu correspondente fosso e situados, os mais deles, na cimeira de colina e montanhas. Entre os castros de tipo costeiro destacam o de Fazouro, Santa Trega, Baronha e O Neixón. No interior podem mencionar-se os de Castromao e Viladonga. Comum a todos eles é o facto de que o homem se adapta ao terreno e não ao contrário.


  • Século XIX

Até ao século XIX, a Galiza estava dividida em sete províncias: MondonhedoLugoOurenseTuiSantiagoCorunha e Betanzos. Desde essa época, as províncias foram reduzidas a apenas quatro. Tinha órgãos de governo próprios, sendo eles, a Junta da Galiza ou Xunta de Galicia (em galego) e o Parlamento Galego. Portugal foi um destino migratório para muitos galegos, desde o tempo da reconquista.[


História


Pré-historia

Devido ao caráter ácido do solo galego, é incomum a conservação de restos orgânicos e inorgânicos.Todavia, na caverna Eirós foram preservados restos de animais e líticos dos neandertais até o médio Paleolítico, graças a seu ambiente básico. Também existem outras reservas do Médio Paleolítico no Baixo Minho e na depressão de Ourense.


História 

A História da Galiza começa com o nascimento da própria Galiza, que é fixado tradicionalmente arredor do 19 a.C., quando o Império Romano logrou anexar definitivamente os povos galaicos (kallaikoi) segundo o autor grego Estrabão, unificando-os por vez primeira na história e denominando ao seu território como Galécia (terra dos callaeci), e que acabou por derivar no actual nome "Galiza", motivo pelo que é considerada como uma das entidades político-administrativas mais antigas de toda a Europa.
O fato de que no ano 298 d.C. o imperador Diocleciano decidisse elevá-la ao rango de província consular -alongando assim também o seu território- supôs um acrecentamento da sua coesão política ao estar baixo o governo de um cónsul romano. A sua definitiva consolidação estatal chegaria no ano 409 d.C. quando o rei suevo Hermerico funda nela o primeiro reino de Galiza, afiançando a existência da Galiza até os nossos dias.
A ocupação humana do território correspondente à atual Galiza, não obstante, é bem mais antiga que a chegada de Roma, existindo testemunhos arqueológicos que certifican o seu povoamento desde oPaleolítico Inferior. Estas populações receberam diversos aportes culturais durante milénios, fazendo parte já na Idade do Bronze da área cultural atlántica que se deu entre as terras mais ocidentais da Europa. No fim da Idade do Ferro estas populações autóctones formavam uma unidade cultural, que os romanos denominaram como galaicos e que supõem o principal substrato da população actual na Galiza.
Do mesmo modo, durante os séculos seguintes Galiza recebeu sucessivos assentamentos de gente, entre os que destacam romanos, suevos e bretões, que não só se integraram na população autóctone senão que também influíram decisivamente na sua vida, como foi o caso da cultura romana que propiciou a formação de uma nova língua autóctone, o galego-português. Até o ano 1833 a Galiza manteve-se coma um reino, no ano 1933 foi reconhecida internacionalmente como "nação" pela Sociedade de Nações e desde 1981 organiza-se jurídica e administrativamente como uma Comunidade Autónoma dentro do Estado Espanhol.

Geografia





A Galiza divide-se em quatro provínciasCorunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. A sua capital é a cidade de Santiago de Compostela, na província da Corunha.
Além da divisão provincial, a Galiza também subdivide-se em comarcas e concelhos (ver comarcas da Galiza e concelhos da Galiza)
As cidades mais populosas são: Vigo (293.000 habitantes), Corunha (243.000), Ourense (108.000), Lugo (93.000), Santiago de Compostela (93.000), Pontevedra (81.000) eFerrol (76.000) Área: 29.575 km². População aproximada: 2.760.000 milhões.
A densidade total da população é 93,8 habitantes por quilômetro quadrado.

Curiosidades


  • Os colonos e imigrantes portugueses em geral são tradicionalmente chamados de "galegos" no Brasil; O mesmo ocorre aos espanhois no restante da América Latina.
  • O gentílico "galego" é ainda atribuído em certas regiões brasileiras a pessoas brancas de cabelos e olhos claros, notando-se que os galegos são, de fato, fisicamente diferentes dos ibéricos meridionais.